Deputado critica candidaturas para eleição à presidência na Câmara
Com o recurso enviado por Eduardo Cunha à CCJ, os prazos de análise e defesa estão correndo. O presidente da Comissão Especial de Impeachment da Câmara dos Deputados, Rogério Rosso (PSD-DF) falou à Jovem Pan que acredita que o caso terá uma definição já nas próximas semanas: “O caso do deputado Eduardo Cunha vai ter desfecho, com votação no plenário. Assim, em caso de vacância, regimentalmente precisa chamar novas eleições”.
Ao ser questionado se seria candidato à presidência da Casa para o chamado “mandato tampão”, Rosso nega e diz que os cerca de 100 dias dessa presidência devem ser marcados pela busca da estabilidade: “Não sou candidato, fico honrado de ser lembrado, mas meu entendimento é que não tem que ter candidatura entre os partidos do centrão, todos os partidos da base do governo Temer, não tem que ter disputa. São 5 ou 6 meses de mandato e, na prática, se excluir janeiro e dezembro, são 100 dias de mandato. Não tem que ter disputa, tem que ter entendimento que o país precisa para superar a crise. A câmera dos deputados precisa de estabilidade, de previsibilidade, de uma agenda clara do que será feito nesses 100 dias”.
Rosso afirmou que nesta semana não serão realizadas sessões deliberativas na Câmara, ou seja, a ausência dos deputados não será considerada como falta, e falou sobre as dificuldades da Casa sob comando do deputado Waldir Maranhão (PP-MA): “Em julho ficaremos 15 dias sem sessão deliberativa, o que mostra que a Casa está em uma situação difícil”.
Sobre o governo de Temer, o deputado fala que o grande avanço foi o de mobilizar a Câmara: “Não tem que haver disputa na base de Temer. Isso gera sequelas, não seria bom. Um dos grandes avanços do Temer é ter uma coalizão forte na câmara. Todas as matérias ele conseguiu aprovar com muita folga, o que permite até mudar a Constituição”.
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