Deputado tucano acusa delegados da Operação Alba Branca de prevaricação

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2016 08h30
Reprodução/Facebook CPI da Merenda

Tucanos acusam delegados da Operação Alba Branca de prevaricação e oposição quer saber se procuradores interferiram no trabalho da polícia. A sessão desta terça-feira (09) da CPI da Merenda foi encerrada por falta de quórum depois de quatro horas de depoimentos na Assembleia Legislativa.

Três delegados de Bebedouro falavam na comissão, mas quase se retiraram depois que um deputado do PSDB os acusou de prevaricação.

Barros Munhoz expressou a posição em alto e bom som, dizendo que até agora os policiais civis pouco fizeram e que estão ofendendo os parlamentares.

“Os senhores sabem de quem são as ligações políticas. De repente o cara é acusado de estar roubando uma cooperativa e os senhores não sabem de nada? Os senhores prevaricaram e estão prevaricando até hoje com desculpaas pueris, ofendendo a dignidade dos deputados estaduais de São Paulo”, disse.

A oposição, por outro lado, elogiou o trabalho realizado pela Polícia Civil até agora e planeja trabalhar a CPI na direção de outras autoridades.

O deputado Alencar Santana Braga, do PT, questionou o Ministério Público por redirecionar investigações de pessoas sem prerrogativa de foro.

“Tudo aquilo que se referiu a servidores envolvido a Secretaria de Educação do deputado Capez foi para a Procuradoria-Geral de Justiça. É um absurdo. A investigação que tem que ir para o procurador-geral de Justiça é dos deputados, prefeitos e secretários, mas não de assessores, não de servidores. isso é de Justiça comum”, disse.

A Corregedoria-Geral do Estado vai abrir procedimentos administrativos contra Luís Roberto dos Santos, o Moita, e Dione Moraes Pavan.

Outras pessoas tiveram procedimentos arquivados, mas o corregedor Ivan Pereira Agostinho disse que nada impede que eles sejam reabertos. “Surgindo um fato novo, você pode reabrir a qualquer momento. Nesta parte estamos no escuro, o que não quer dizer que os outros fatos levantados e apontados pela CPI não possam ser revistos na corregedoria”

Estava previsto um quinto depoimento para o dia, de João Roberto Fossaluzza Júnior, tido como delator do esquema investigado na Alba Branca. No entanto, ele comunicou ter sofrido ameaças e vai falar aos paralamentares em ocasião fechada.

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