Deputados admitem que julgamento de chapa Dilma-Temer gera instabilidade
O Plenário da Câmara dos Deputados analisa a MP 746/16Câmara dos Deputados - Ag. Brasil
Com o julgamento da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014 marcado para começar na próxima terça-feira (04), parlamentares começam a especular possíveis consequências do processo.
Na Câmara, deputados governistas e de oposição admitem que uma eventual cassação do mandato do presidente Temer deve afetar o andamento da pauta.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que poderia gerar uma instabilidade, mas disse que isso não gera preocupações. No momento, ele é o primeiro na linha de sucessão presidencial e comandaria o País interinamente até a realização de eleições indiretas.
O deputado Chico Alencar, do PSOL, também concorda que o julgamento do TSE pode ter consequências no Legislativo: “tudo interfere, não estamos alheios ao mundo”.
Já para o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho, a instabilidade é inevitável, mas é preciso aguardar o que vai acontecer no TSE. “Com certeza geraria instabilidade, mas acreditamos que o TSE terá discernimento para avaliar a melhor decisão e, a partir disso, as instituições brasileiras darem uma resposta”, disse.
Um dos projetos que pode ser afetado é o de socorro aos Estados, em especial os mais endividados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Nesta quarta (29) lideranças da Câmara tentaram colocar em votação a proposta. Porém, não houve acordo com os outros líderes devido ao impasse com relação às contrapartidas, como privatizações, que os estados devem assumir.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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