Deputados deixam plenário e interrompem sessão da CPI da Merenda
Mais uma sessão da CPI da Merenda foi interrompida, depois que deputados ligados ao governo do Estado abandonaram o plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Nesta quarta-feira (09), seriam ouvidas três servidoras da Secretaria Estadual da Educação.
Os trabalhos foram suspensos durante o primeiro depoimento, de Marilena de Lourdes Silva. Ela barrou contratos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar, a Coaf, com a pasta e afirmou ter sofrido pressões de Jeter Rodrigues, ex-assessor do deputado Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa. Segundo Marilena, Jeter teria insistido para que os vínculos com a Coaf fossem retomados.
Deputados da bancada do governo paulista acusaram a oposição de procurar “coisas pequenas” no depoimento da testemunha e abandonaram a sessão, que acabou suspensa.
Este foi o segundo dia seguido de interrupção, já que na terça-feira (08), os trabalhos da CPI também haviam sido paralisados.
O deputado Alencar Santana, do PT, afirmou que as investigações estão sendo atacadas, justamente no momento em que as informações começam a ficar claras. “Uma demonstração de que não se quer aprofundar as investigações”, disse.
O deputado Barros Munhoz, do PSDB, rebateu as acusações e negou qualquer tentativa de atrapalhar os trabalhos da CPI.
Na última terça-feira, os deputados decidiram prorrogar os trabalhos da CPI da Merenda por mais 30 dias.
As atividades seriam encerradas no próximo dia 16, mas seguirão, agora, até 16 de dezembro.
A cooperativa Coaf é investigada, por suspeita de pagar propina para fechar contratos de fornecimento de merenda escolar com o governo paulista e com prefeituras do estado.
*Informações do repórter Vitor Brown
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