Deputados pressionam STF para saída de Cunha da presidência da Câmara
Deputados planejam nova investida no Supremo Tribunal Federal para pedir o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. O peemedebista está sendo acusado agora de receber propina da Caixa Econômica Federal em troca da liberação de verbas para o FGTS.
O ex-vice-presidente do banco, Fábio Cleto, que foi indicado pelo deputado ao cargo, detalhou em delação premiada as irregularidades envolvendo Cunha. Ele também confirmou que o presidente da Câmara cobrou R$ 52 milhões de propina a executivos da Carioca Engenharia.
A denúncia repercutiu entre os parlamentares, que em sua maioria não estavam em Brasília nesta sexta-feira (29). O deputado do Rede Sustentabilidade, Alessandro Molon, afirma que não é mais tolerável ver Cunha na presidência da Casa: “Nós vamos ao STF pedir que o Supremo afaste o quanto antes o deputado da presidência da Câmara, porque não é mais tolerável diante de tantas denúncias de tamanha gravidade por corrupção e lavagem de dinheiro, que ele permaneça à frente da Câmara dos Deputados”. Molon destaca que o Conselho de Ética segue apurando as denúncias de Cunha, mas o processo no colegiado já dura seis meses.
O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino, diz a Victor La Regina que o Supremo deve decidir rapidamente a situação do peemedebista: “O STF, a meu ver, deve tomar o mais rápido possível uma decisão a respeito dessa questão do presidente da Câmara, uma vez que ele não toma nenhuma iniciativa de renunciar ou sair”. Avelino admitiu que o conselho de ética tem tomado decisões antirregimentais, facilitando a procrastinação do processo.
O ministro do STF, Teori Zavascki, disse que a Corte deverá discutir se Cunha pode estar na linha sucessória da presidência com tantas denúncias.
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