Desaceleração da economia faz acionistas trocarem bolsa por títulos, diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2016 07h36
HUGO ARCE / Fotos Públicas Bovespa

 Mais uma vez, a queda do petróleo e a desaceleração da China derrubaram as bolsas e impulsionaram a alta do dólar frente ao real. A moeda americana fechou em alta de 1,23%, acima de R$ 4,10, pela primeira vez desde setembro. A elevação ocorre porque os investidores procuraram o dólar, diante do cenário de incertezas com a queda do preço do petróleo.

O economista Eduardo Velho diz que a tendência da moeda americana é de alta e faz uma previsão para os próximos anos: “Essa recessão vai se prolongar pelo menos até o primeiro semestre de 2017. É praticamente mais um ano perdido. Sé em 2018, e até o próprio FMI sinalizou, teremos praticamente quatro anos de recessão ou dois anos e meio de recessão e dois anos de crédito zero, ou seja, de 2014 a 2017. É como se fosse um mandato presidencial totalmente perdido”.

Já o processo de desaceleração chinesa está atingindo empresas com problemas na alavancagem de crédito. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista André Perfeito avalia que a situação está muito complicada não apenas no país asiático: “Essa situação do petróleo está apontando uma coisa muito séria, que não é só desaceleração chinesa, é também mundial. Algumas economias, como a norte-americana, até estão indo bem, mas com essa elevação dos juros que eles fizeram, está todo mundo saindo da bolsa e indo comprar título. Ninguém confia que as empresas vão continuar subindo.”

Na quarta-feira (20/01) a Bovespa caiu 1,08%, a 37.645 pontos, atingindo o menor fechamento em quase sete anos. As ações da Petrobras voltaram a despencar com os papéis preferenciais em queda de 4,93%, a R$ 4,43.

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