Dia de terror em Paris completa um ano e ainda deixa marcas na sociedade
Sexta-feira, 13 de Novembro de 2015, Paris, França.
A data traz a recordação de um dos ataques mais marcantes e sangrentos num território francês, o maior deles desde a Segunda Guerra Mundial.
Saldo de 130 mortos em diversas ações terroristas espalhadas pela capital das luzes, cenas que escureceram a cidade. O mundo em choque e uma França desolada, em alerta máximo.
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21h20: primeiro dos ataques acontece no norte de Paris, Stade de France, Saint Denis, onde jogavam França e Alemanha. O Presidente François Hollande estava presente.
A poucos quilômetros dali, um segundo grupo de terroristas ataca pontos de encontro de jovens: café, bares, restaurantes: 39 pessoas morreram.
O mais sangrento dos ataques aconteceu numa tradicional casa de espetáculos, o Bataclan, que reabre neste fim de semana; A banda norte-americana Eagles of Death Metal se apresentava quando tiros foram confundidos com o som da bateria. Três terroristas metralharam o público e logo após se explodiram: 90 mortos.
Abalado, na manhã seguinte, a autoridade máxima da França, François Hollande, classificou o atentado em Paris, um ato de guerra. Diante da guerra, afirmou que o país deveria tomar decisões apropriadas.
Mas passado um ano, o que mudou? Feridas longe de ser curadas, medidas de segurança sem precedentes: um passado que assombra.
Leonardo Paz, coordenador de estudos e debates do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, aponta mudanças relativas à segurança, entretanto não enxerga uma luta contra o Estado Islâmico, responsável pelos ataques.
“A França não dobrou a sua aposta na luta contra o Estado Islâmico. Ela continua no mesmo nível”, diz.
Apesar de Paris ter sido o centro das atenções do mundo ao ter sido alvo do Estado Islâmico, Reginaldo Nasser, professor Relações Internacionais PUC, pondera que a maior parte dos ataques terroristas acontece no Oriente Médio.
Nesta semana, investigadores franceses identificaram Oussama Atar, um extremista belga-marroquino, como suspeito de ter coordenado a partir da Síria os atentados de Paris.
O belga Abdell Hamid Abaud, responsável pelos ataques, foi morto 5 dias depois em um confronto com policiais franceses.
Abdeslam Salah, único participante ainda vivo, enfrenta a justiça em Paris.
Rportagem especial de Felipe Palma
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