Dilma aponta que dívida de campanha de 2010 foi acertada entre João Santana e PT
Presidente afastada Dilma Rousseff negou “agonia” com o impeachment e declarou que eventual caixa 2 na campanha de 2010 é problema de João Santana.
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan News de Uberlândia, a petista desconversou quando questionada sobre a delação do marqueteiro.
O publicitário e a mulher, Mônica Moura, sócia de João Santana, alegaram ter recebido irregularmente R$ 4,5 milhões de uma conta na Suíça.
A presidente afastada Dilma Roussef apontou que a dívida de 2010 é responsabilidade do PT e não da equipe de campanha: “a minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se a dívida remanescente da campanha de 2010. Porque ela foi paga três anos depois. Com quem João Santana tratou essa questão foi com a secretaria do PT”.
A presidente afastada se irritou com informações de que teria feito um desabafo a Renan Calheiros sobre o momento enfrentado por ela.
Dilma acrescentou ainda que a defesa está cumprindo todos os prazos na comissão do impeachment e ameniza o adiamento de um dia. “Pedimos esse adiamento justamente porque houve esse incidente com o site do Senado. Não acredito que isso tenha nenhuma consequência maior. Nossa defesa está praticamente pronta. Tudo bem que me escondam, mas isso não autoriza ninguém a inventar histórias a meu respeito”, afirmou.
Na entrevista à Jovem Pan News de Uberlândia, Dilma Roussef enfatizou que não vai comparecer à abertura da Olimpíada no Rio de Janeiro.
A jurista Janaína Pascoal, uma das autoras do pedido de impeachment contra a presidente, avalia que o processo não pode se arrastar por mais tempo. “Esse processo está sendo conduzido concedendo a presidente uma garantia a ampla defesa que nenhum outro processo no País garantiu, tanto no âmbito penal quanto administrativo”, justificou.
A jurista Janaína Pascoal acrescentou ainda que a defesa de Dilma Rousseff apresentou uma lista extensa de testemunhas, atrasando o processo.
A Comissão do Impeachment retoma os trabalhos em 02 de agosto e o parecer irá a plenário no dia 09. Após a data, é dado um intervalo mínimo de dez dias para o julgamento final ser marcado. A sessão decisiva terá o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
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