“Dilma não poderá alegar que não teve ampla defesa”, diz senadora Ana Amélia

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2016 08h33
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Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. À mesa, senadora Ana Amélia (PP-RS) preside sessão. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Waldemir Barreto / Agência Senado Senadora Ana Amélia

A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, que a ausência de Dilma Rousseff na Comissão Especial do Impeachment no Senado nesta quarta-feira (06) “não muda nada”.

“Ela não poderá alegar que não teve ampla defesa, porque teve porta aberta à ampla defesa. Ela faria a auto-defesa, enfrentando os demais senadores na comissão e trazer seu testemunho”, ressaltou a pepista.

Nesta terça-feira (05), a presidente afastada Dilma Rousseff confirmou, por meio de sua conta no Twitter, que não iria participar do interrogatório na comissão. “A minha defesa amanhã (6) será feita por escrito e lida pelo meu advogado. Estamos avaliando a minha ida ao plenário do Senado, em outro momento”, escreveu a petista.

Para Ana Amélia, ao não comparecer e deixar sua defesa por escrito, pressupõe-se que o presidente da comissão e os senadores não farão questionamentos. “Não caberia fazermos questionamentos já que ele [José Eduardo Cardozo] é apenas o defensor. Ele é o advogado de defesa e não o denunciado”, reiterou a senadora.

Plenário do Senado

José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma, confirmou a ausência de Dilma na comissão, mas disse que ela deve se pronunciar no dia da votação, no plenário do Senado.

“Vamos reservar sua presença ao plenário, se ela achar que deve vir. Presidentes da República, em geral, não vão a comissões. Eles são representados por ministros. O espaço para a presidente é o plenário”, defendeu o ex-advogado-geral da União.

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