‘Os conservadores estão sendo caçados’, diz Eduardo Bolsonaro sobre decisões do STF

Deputado federal participou do programa ‘Direto ao Ponto’ desta segunda-feira, 12, e comentou sobre a CPI da Covid-19, áudio vazado por Jorge Kajuru e pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2021 23h47 - Atualizado em 13/04/2021 20h02
Reprodução/ Youtube eduardo bolsonaro Eduardo Bolsonaro participou do programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan

Crítico do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) participou do programa “Direto ao Ponto” desta segunda-feira, 12, e comentou as últimas decisões do Supremo, dando ênfase ao pedido de abertura da CPI da Covid-19 ao Senado. Para o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), alguns dos magistrados “não ligam mais para a Constituição”. “Existem projetos na Câmara para vetar essas decisões monocráticas dos ministros do STF que versem sobre outros poderes, para que essa decisão só possa se dar pelo colegiado. Eu acho válido, mas, se pararmos para ver alguns ministros, parece que já não ligam para a Constituição. No caso do Daniel Silveira: deputado federal só pode ser preso mediante flagrante delito de crime inafiançável, e a inovação que foi feita saltou aos olhos de todos os juristas desse país. Eu jamais colocaria aquele tipo de linguajar contra outra autoridade, mas a lei já tem os mecanismos para tomar conta disso. Se [alguém] se sentiu difamado, entra na Justiça comum e pede uma indenização. Por que o ministro do STF está acima de nós?”, questionou.

“Os conservadores estão sendo caçados, mas somos muito numerosos e isso uma hora vai dar problema. Não estou ameaçando, mas o problema que eu digo é uma novidade que a nossa geração nunca tinha visto. Eu torço para que as instituições retornem para o seu quadrado. Porque o que está acontecendo é uma invasão de competências”, completou. Eduardo também comentou sobre o áudio de seu pai com o senador Jorge Kajuru, divulgado na internet pelo próprio parlamentar. “Todos nós temos direito a privacidade e intimidade, previstos em Constituição. Ali faltou caráter. Uma conversa entre duas pessoas. Eu acho muito feio fazer isso, e, no Brasil, é considerado crime gravar sem mandado. Nessa gravação, você percebe que a voz do Kajuru está perfeita. Até agora não sei quem ligou para quem, mas, independentemente disso, parece que o Kajuru já estava na expectativa, porque a voz gravada dele é de altíssima qualidade”, ponderou o deputado.

Tratamento precoce e vacinação contra a Covid-19

Para Eduardo, foi a fala de Jair Bolsonaro sobre tratamento precoce que criou uma oposição dos médicos quanto ao uso de remédios no combate ao coronavírus. “Parece que tudo que o presidente fala, determinadas autoridades fazem ao contrário, como o governador de São Paulo. Em São Paulo, são registradas mais de 500 mortes por dia. Puxa a média nacional para cima, mas, ao mesmo tempo, você não vê a parte militante da imprensa dando pancada no governador. A pandemia foi totalmente politizada”, opinou. Ele ainda lembrou de quando João Doria (PSDB) disse nas redes sociais que o vacinaria. “Acho ridículo que ele colocou a assessoria para responder todo mundo, porque ele quer colocar na testa a chancela de ‘o cara que vacina’, enquanto o Jair Bolsonaro é ‘o cara que não vacina'”, disse.

“O Brasil está em quinto lugar no número de vacinação, toda vacina que chega ao Brasil é comprada pelo governo federal. Se fôssemos antivacina, estaríamos lá atrás. Só estão na nossa frente os países que produzem sua própria vacina: Estados Unidos, China, Reino Unido e Índia. Essa questão de que falta vacina, falta vacina no mundo inteiro, a demanda é mundial. Agora, o Brasil tem feito a sua parte. Criticam tanto a relação com a China, mas temos os insumos chineses para fazer as vacinas aqui. As coisas estão se encaminhando. Eu pretendo me vacinar mais para a frente, por agora estou confiando na minha pouca idade. As pessoas com mais idade precisam tomar antes”, finalizou.

Confira na íntegra a entrevista do deputado federal Eduardo Bolsonaro:

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