Tereza Cristina: ‘Brasil não tem que se preocupar com desabastecimento’
Ministra da Agricultura comentou sobre reflexos da guerra na Ucrânia para a agricultura brasileira
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, garantiu que o povo brasileiro não precisa se preocupar com desabastecimento dos itens básicos durante entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan News, apesar da guerra na Ucrânia poder gerar uma dificuldade adicional no abastecimento de fertilizantes. Tereza Cristina comentou sobre os planos para evitar que faltem os produtos necessários para o plantio. A bancada de entrevistadores foi formada pelo apresentador Augusto Nunes, por Branca Nunes, diretora de redação da revista Oeste, Kellen Severo, comentarista do setor agropecuário da Jovem Pan, Bruno Meyer, comentarista de negócios da Jovem Pan, e Marina Mattar, mestre em relações internacionais.
“O brasileiro não tem que se preocupar. Nós continuamos produzindo. O Brasil tem um superávit de grãos para abastecer o país e tem o restante para mandar e ajudar a abastecer muitos países ao redor do mundo”, assegurou Cristina. “Como a agricultura brasileira é muito dinâmica e nós temos plantio no inverno e no verão, é um fluxo constante de fertilizantes para o Brasil, não só da Rússia como de muitos países. Temos uma preocupação adicional, mas nada que seja catastrófico, porque temos informações que carregamentos estão saindo da Rússia normalmente, às vezes com atraso de dois ou três dias, mas estamos recebendo. Fora outros países: o Brasil importa do Canadá, importa dos Estados Unidos, importa da China, importa do Marrocos, um rol enorme de países exportadores de fertilizantes para o Brasil, porque somos hoje o maior exportador do mundo. É claro que nós temos essa preocupação com duração da guerra por causa da Bielorrúsia [Belarus], porque ela foi quem primeiro parou de exportar e é um grande fornecedor de potássio. Estamos tentando outras alternativas, de outros fertilizantes de outros países, e conseguimos no Canadá um pouco mais de fertilizantes disponível”, relatou a ministra. Outra parte do plano é da Embrapa visitar produtores para, se possível, indicar que é necessário utilizar menos fertilizantes sem prejudicar a produtividade.
Sobre o cenário político, Cristina disse que foi indicada como candidata ao Senado pelo PP do Mato Grosso do Sul após seu nome ser considerado como viável e competitivo, e disse não conversado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a hipótese de ser vice na chapa para a eleição presidencial – nesta segunda, 21, Bolsonaro deu a entender que o provável vice será o general Braga Netto, hoje ministro da Defesa.
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