Discursos de Trump constrangem republicanos e causam racha no partido

Donald Trump

Ele nunca foi unanimidade. Em fevereiro, enquanto ainda estavam sendo disputadas as prévias republicanas, Donald Trump já declarava, eles – os membros de seus partido – não o estavam tratando bem.

Agora, que Donald Trump já é oficialmente o candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, a situação não mudou. Na verdade, ela está mais aguda: é que os discursos de Donald Trump causam constrangimento até em membros do seu próprio partido.

Um a um, os líderes do partido começam a abandonar o barco, com receio de que seus nomes possam ficar ligados às afirmações polêmicas de Trump.

Além disso, o bilionário irritou a cúpula republicana, ao não apoiar dois grandes nomes do partido que buscam reeleição. E, se não bastassem as baixas políticas, a campanha republicana também enfrenta abandonos no setor empresarial.

A empresária Meg Whitman, que costuma fazer doações generosas para os republicanos, anunciou que vai fazer campanha para a democrata Hillary Clinton. Antes dela, o investidor e bilionário americano Warren Buffett, já havia declarado que faria o que fosse preciso para derrotar Donald Trump.

E Mark Cuban, dono do time de basquete Dallas Mavericks, que chegou a elogiar o republicano no passado, agora faz campanha para Hillary.

Ele diz que empresas e postos de trabalho não serão criados aterrorizando as pessoas, como faz Trump e sim, inspirando os cidadãos como faz Hillary Clinton.

Aproveitando as baixas republicanas, a campanha da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos divulgou um site para republicanos e independentes que queiram apoiar Hillary Clinton.

E tudo isso ocorre no mesmo período em que uma pesquisa feita pela agencia de noticias Reuters, junto ao instituto Ipsos revelou que quase um de cada cinco eleitores republicanos registrados quer que Donald Trump desista de concorrer à eleição presidencial de 8 de novembro.

*Informações da repórter Helen Braun