Disputa pela presidência da Câmara pode provocar racha na base governista
O presidente Michel Temer terá que sair em campo para evitar o racha previsível na base governista na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.
O parecer apresentado na CCJ aceita a reeleição de Rodrigo Maia (DEM) e provocou reação nos partidos do Centrão. O plenário da Câmara é que vai definir sobre o parecer.
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), atestou que Maia pode ser mesmo reeleito. “Eu examinei todo o caso do Garibaldi Alves quando havia a possibilidade de ele também ser reeleito. Examinei os pareceres. Na época, o PMDB fechou questão de tão convencido que ficou”, disse.
Rogerio Rosso, líder do PSD, reage e decide lançar sua campanha para a presidência: “temos consciência que os próximos dois anos são difíceis, precisamos ter coragem de enfrentar as reformas que o Brasil precisa. A Casa precisa ter esse protagonismo do ponto de vista Legislativo. E buscar um consenso”.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) confirmou que o partido irá lançar um candidato e agora tenta articular resistência. “As forças progressistas de esquerda têm discutido trazer candidatura e proposta para governança bem democrática e bem transparente da Câmara”, explicou.
A eleição do novo presidente será no dia 1º de fevereiro. Com o recesso, os candidatos terão que rodar o País em busca de apoio. Por enquanto a situação é Maia como favorito; pelo Centrão os nomes são os de Rosso e o de Jovair Arantes (PTB). A candidatura do PSOL será apenas para marcar posição.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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