Dono da maior cervejaria do mundo, empresário sugere que País siga passos de sua empresa
Para o homem mais rico do Brasil e um dos maiores do mundo, o País precisa de caras novas na política que administrem a nação como uma de suas empresas. E dá a receita: ética, pragmatismo e méritocracia.
Jorge Paulo Lemann, que possui a maior cervejaria do planeta, a Inbev, acaba de assinar a compra da britânica SAB Miller, sua principal concorrente, por US$ 103 bilhões.
Em um evento em São Paulo, Lemann se mostrou positivo quanto ao futuro do Brasil, sem mencionar diretamente o Governo interino de Michel Temer. Mas classificou o momento atual como mais favorável ao crescimento quando comparado ao regime militar, onde era mais difícil prosperar: “o que foi feito na Brahma, Ambev, pode ser feito no Brasil. Minha turma quando começou, o que tinha para melhorar era a parte empresarial. Acho que agora vai ter muita oportunidade para gente jovem. Espero que aí introduzam nossos princípios de meritocracia, pragmatismo, resultados, oportunidades para todos”
Lemann vai de encontro com dados de uma pesquisa divulgada nesta 2afeira feita com analistas de cem multinacionais com operações no Brasil.
Segundo o levantamento, 55% das empresas já veem a crise no país mais perto do fim. Na mesma época, no ano passado, o índice era de apenas 22%.
Para o empresário, ser “o maior” não tem sido mais tão popular no mundo. Em um clima descontraído, o dono da maior fortuna do país disse que a classificação traz “desconforto”. E traçou um paralelo com a popularidade do pré-candicato democrata americano Bernie Sanders.
“O maior não está muito popular no mundo. Como nos EUA, quando você vê Bernie Sanders com a ressonância que ele tem. Ele é contra tudo o que é grande”, disse.
Lemann falou no ciclo de palestras que marca os 25 anos da Fundação Estudar, instituição que ele e os sócios Marcel Telles e Beto Sicupira criaram para financiar jovens talentos pra estudar no exterior. Os três são acionistas da *Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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