“É o fato mais grave que temos até aqui”, diz Aécio Neves sobre Operação Acarajé
O senador Aécio Neves, em entrevista à Jovem Pan, falou sobre a Operação Acarajé, que considera a mais relevante de toda a Lava Jato até então: “Desde o início da Operação Lava Jato vemos indícios muito fortes que comprometem o governo, especialmente a campanha presidencial, através de delações e depoimentos que não são delações. O que ocorreu essa semana é o fato mais grave que temos até aqui. Temos provas documentais que vinculam a campanha da presidente Dilma à corrupção da Petrobras. Um operador da Petrobras, o Zwi, que fazia exclusivamente a distribuição do dinheiro da propina de uma das empresas beneficiadas pela Petrobras, fazia esse dinheiro chegar a diretores da Petrobras e fez chegar durante todo o período eleitoral ao marqueteiro da campanha”. Aécio Neves acredita que a tese de que não havia dinheiro ilícito nas contas do exterior assumidas pela esposa de João Santana, Mônica Moura, não se sustentará.
O PSDB solicitou que as provas adquiridas na 23ª fase da Lava Jato fossem utilizadas durante o processo que vai analisar a cassação da chapa de Dilma Rousseff. O presidente do PSDB defende que as duas questões de retroalimentam.
Além de acreditar que a permanência de Dilma Rousseff no governo seja o maior entrave para o desenvolvimento e recuperação do país, Aécio Neves chama a atenção para um possível governo provisório de Eduardo Cunha: “A presença de Cunha é um impeditivo para o avanço de algumas decisões, até do próprio TSE, porque se a cassação da chapa ocorrer, será convocada nova eleição e aí toma posse o presidente da Câmara. (…) Ninguém acredita que o Brasil vai tomar o rumo certo enquanto ela estiver no governo do país e na Câmara, o Cunha”.
Aécio Neves também falou da importância da recuperação da confiança para vencer a crise e criticou uma possível volta da CPMF, que segundo o senador, pode estimular ainda mais a recessão.
Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã.
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