“É o momento de priorizar a economia”, diz membro do “Conselhão”

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2016 10h20
Brasília- DF 28-01-2016 Foto Lula Marques/Agência PT Presidenta Dilma durante abertura do 44ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social-CDES Lula Marques / Agência PT Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

 Com a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”, Nelson Barbosa defendeu uma ampliação do crédito, que pode chegar ao potencial de R$ 83 bilhões.

Um dos 92 membros do CDES é Benjamin Steinbruch, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Ele afirma, em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, que a reunião foi positiva e que, apesar do crédito ser como oxigênio para a economia, o valor é afetado pelos juros: “Com o juro no nível que está não adianta ter crédito. Tem que ser compatível para investimento, produção e consumo. (…) Não vamos conseguir em um movimento mágico reverter a economia. Se parar de piorar já é uma coisa positiva. As empresas tem que ter dinheiro para continuar trabalhando, empregando, e aí poderemos começar uma recuperação”.

Para Steinbruch, o desemprego é o fator mais crítico do atual panorama e deve ser prioridade das políticas econômicas: “Tem que ter um esforço conjunto para tirar o país da situação que está. Ninguém está se saindo bem, nem trabalhadores, empresários, banqueiros, e o próprio governo. O Brasil pode viver com inflação, recessão, mas com desemprego não, e nós atingimos um nível muito alto. Temos obrigação de tentar a retomada do crescimento por causa do desemprego”.

Ao ser questionado sobre a questão do impeachment, Steinbruch afirma que o assunto está fora de pauta no CDES e diz que, apesar de ser importante a solução da crise política, a economia deve ser prioridade: “Impeachment está fora da discussão no sentido técnico. Precisamos dar o primeiro passo, mesmo com dificuldades política, porque se não parar e reverter (a economia), se não começar a movimentar não tem fim e cabe a nós reverter esse negócio. É o momento de priorizar a economia, o emprego, o consumo e a produção”.

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