Economia já começa a se recuperar, afirma secretário do Ministério da Fazenda

  • Por Jovem Pan
  • 13/02/2017 11h22
Brasília - O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida, participa de debate na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre a PEC que institui novo regime fiscal (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Mansueto de Almeida - AGBR

O mercado trabalha com a expectativa de retomada do crescimento neste ano com percentuais modestos, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na última semana que o mercado deve fazer uma revisão. O Governo, entretanto, prevê uma expansão de 1%. Na prática, ainda há dados contraditórios e desemprego em alta.

Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida analisou a reestruturação que se espera da economia ao longo deste ano, de forma a assegurar o crescimento de fato, e afirmou que o ajuste fiscal está em curso.

“Foi recessão muito forte e muito grande que veio de uma serie de políticas equivocadas dos últimos cinco, seis anos. O importante é que a economia já começou a trajetória de recuperação com a notícia de que a inflação está convergindo para a meta e os juros estão caindo de forma sustentável”, disse.

Segundo Mansueto Almeida, a recuperação está sendo mais lenta que nas recessões anteriores porque as famílias brasileiras e as empresas estavam muito endividadas. “Mas a recuperação começou e está sendo seguida de reformas estruturais, o que vai aumentar o crescimento potencial do País”, ponderou.

O ajuste fiscal, como lembrou Mansueto Almeida, é de longo prazo e, somado a aprovação das reformas que tramitam no Congresso, como a previdenciária e a trabalhista, o mercado já passa a esperar uma trajetória de crescimento.

“Quando a gente fala que as reformas não vão impactar rapidamente no resultado primário, ela ajuda nas contas públicas no total. Investidores vão entender que ao longo do tempo a divida não vai explodir”, explicou.

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