Economistas cobram ação mais rápida do Governo para controle de gastos

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2016 11h09

Taxa de juros subiu após alta do dólar

Marcos Santos/USP Dinheiro

Demora para controlar a inflação e incertezas quanto ao resultado do ajuste fiscal levam o Banco Central a descartar o corte de juros no curto prazo. Na ata da última reunião do Copom, a autoridade monetária se mostra preocupada com o controle das contas públicas.

Um dos temores reflete os possíveis efeitos que o aumento da Cide – a contribuição sobre o valor dos combustíveis – teria sobre a inflação.

Em meio a tantos debates, o economista Fábio Silveira cobrou mais rapidez do Governo para começar a agir: “precisa ficar claro qual vai ser o cronograma de ajuste. por enquanto está muito superficial esse encaminhamento. Mas isos não é justificativa para continuarmos com juros tão elevados”.

Quem também criticou a demora da equipe econômica em aplicar medidas concretas foi o economista Valter Martins de Almeida. Ele questionou, inclusive, os rumores levantados nos últimos dias sobre a necessidade de aumentar impostos. “Eu acho que o mercado tem dado um crédito para a nova equipe econômica e aguardando as medidas concretas do ajuste fiscal, mas ainda não vieram de forma mais forte. O ponto não está am aumento de impostos, mas em corte de gastos”, defendeu.

A ata da primeira reunião do Copom sob a presidência de Ilan Goldfajn chamou a atenção por ter menos páginas e ser mais objetiva. A justificativa das decisões tomadas deixou de lado a linguagem tecnicista e a quantidade elevada de referências aos volumes anteriores dos encontros.

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