Editorial: Alckmin lembra a Gilberto Carvalho que SP não é casa da Mãe Dilmona

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2016 16h11
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04/12/2015- São Paulo- SP- Brasil- O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta sexta-feira (4) o adiamento da reorganização escolar. A coletiva foi realizada no Palácio dos Bandeirantes. Du Amorim/ A2img Geraldo Alckmin

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que os ditos movimentos sociais não poderão se manifestar na Avenida Paulista neste domingo, no mesmo horário do protesto anti-Dilma.

O governador lembrou que “o direito à manifestação” é constitucional, mas “é dever do poder público” zelar pela tranquilidade dos cidadãos e dos manifestantes. Alckmin afirmou ainda que um efetivo especial da Polícia Militar, como sempre acontece, foi destacado para garantir a segurança no dia.

Como o protesto organizado, entre outros, pelo Movimento Brasil Livre e pelo Vem pra Rua, foi marcado muito antes, os grupos de esquerda, como CUT e MST, terão de agendar seu ato para outro dia ou para outro local.

É o óbvio. Só celerados como Carvalho acham que, num evento de grandes dimensões, as pessoas decidem no braço quem ocupa o espaço público.

Mas eu conheço a natureza de uma alma petista: os valentes se consideram donos do espaço púbico. Para esses caras, o que não pertence a ninguém em particular pertence ao PT. Eles entendem que tudo aquilo que é público, como a rua, tem um dono: o partido.

Vejam como atuaram os petistas à frente do governo do Brasil. Vejam como se comportam no comando das estatais. Vejam como atuam quando estão ocupando funções nas mais altas esferas da República.

Estão sempre deformando um princípio para atender às vontades da máquina; estão sempre corrompendo um fundamento em nome de sua mística redentora; estão sempre incentivando a luta de todos contra todos em benefício de suas sinecuras.

Assim, os paulistanos — e acho que isso vale para as centenas de cidades Brasil afora — podem se manifestar em paz. Os petistas e as esquerdas estão fazendo terrorismo psicológico, prática corriqueira também onde quer que estejam no poder.

A Internacional populista-esquerdista está em declínio. O regime venezuelano cai de pobre; Evo Morales viu frustradas suas pretensões de se eternizar no poder; a Argentina começa a sair do buraco com o governo de Maurício Macri; no Peru, Ollanta Humala se elegeu com uma plataforma de esquerda, mas, na prática, a abandonou; no Brasil, tudo indica, alguns estrelados vão parar, de novo, na cadeia.

A repulsa à mistura de autoritarismo político, demagogia ineficiente e ladroagem explícita varre hoje o subcontinente latino-americano.

Aí a companheira decide fazer o que fez Gilberto Carvalho: alertar para a o risco de confronto, como se a sociedade brasileira estivesse dividida a respeito do caráter e da herança do governo de turno. Mas não está. Os que querem essa gente fora do poder, segundo os rigores da lei, são uma ampla maioria. Hoje, o PT compõe uma minoria que tiraniza o país.

Ora, é evidente que esse governo já teria caído há muito se estivéssemos num regime parlamentarista. Ninguém o quer. Ocorre que o regime é presidencialista, e depor um presidente da República pressupõe um longo e árduo caminho legal. E ele está sendo percorrido. E ele será percorrido.

E isso será feito segundo, pois, o rigor das leis. E tudo será feito de acordo com um belo trecho das Escrituras, como está em Gálatas:
“O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas virtudes não há Lei”.

No domingo, o Brasil estará nas ruas, em paz, com firmeza a mansidão.

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