Editorial: Vida longa a Os Pingos nos Is – para continuar a travar o bom combate

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 28/04/2015 19h17
Patrick Santos

Hoje é um dia especialmente feliz para todos nós, da Jovem Pan, e, em especial, para os que fazemos “Os Pingos nos Is”. O programa completa o seu primeiro aniversário. E também falarei, nesta data, de outro evento muito relevante para nós. Já chego lá. Conquistamos, meuse caros, a liderança no horário logo no terceiro mês. E a trajetória tem sido ascendente. A repercussão nas ruas e em toda parte é gigantesca. Há muito, dizem alguns especialistas no setor, não acontecia algo parecido.

Vaidade? Arrogância? Prepotência? Nada disso! Este programa, as pessoas que o fazem e os que comandam esta emissora têm a humildade de se colocar a serviço dos anseios da maioria do povo brasileiro; têm a coragem de ser a voz de um país que andava mudo; têm o destemor de ecoar os anseios de uma maioria que deixou de ser silenciosa.

O que nos anima? Uma pauta ideológica? Uma pauta partidária? Uma pauta de direita? Uma pauta de esquerda? Uma pauta de centro? Não! A nossa bandeira é aquela mesma que tem estado cada vez mais presente nas ruas e em toda parte: é a bandeira verde-amarela. A nossa pauta é a pauta do Brasil. E não vai nisso nenhum nacionalismo tolo e atrasado. Não vai nisso nenhum desejo de excluir os que não comungam de nossos anseios. Não vai nisso a intenção de discriminar, de isolar, de dividir. Ao contrário: a nossa pretensão é unir pessoas, ainda que para divergir.

Nesses meses de meteórica ascensão, alguns especuladores da reputação alheia tentaram lançar as teses as mais exóticas para explicar o sucesso de “Os Pingos nos Is”. Curiosamente, todas elas ignoravam um fato contra o qual não há argumentos: É O OUVINTE QUE ESCOLHE O PROGRAMA E A EMISSORA. Acompanhar um programa de rádio está incluído nos chamados “atos de vontade”. É um desdobramento natural da liberdade de expressão e opinião, direito fundamental garantido no Artigo 5º da Constituição — uma cláusula pétrea –, reiterado pelo Artigo 220.

Sim, meus caros, os que amam este programa sabem que o acompanham porque querem, porque é de seu gosto, porque é de sua livre escolha. E, como costumamos dizer aqui, até mesmo os que o odeiam de forma determinada contribuem para o seu sucesso. Nós abrigamos a todos, até porque sabemos, e já o dissemos, que o ódio costuma ser mais fiel do que o próprio amor.

Ao longo deste ano, procuramos tratar de todos os temas relevantes do país e do mundo; buscamos falar com as pessoas cuja voz interessa ao Brasil, estejam elas dentro ou fora do poder. Para conceder uma entrevista aos Pingos nos Is, basta que os indivíduos tenham o que dizer, sabendo que as respostas lhes pertencem, mas que as perguntas são nossas.

Temos, como sabem os ouvintes, obsessão por citar as leis que balizam o debate. Não raro, apelamos à Constituição e a outros códigos que organizam a vida do país e dos cidadãos. Citamos livros, filmes, peças de teatro, pensadores. Apelamos a um conjunto de saberes que, temos ciência, não costuma ser comum no rádio. Cansamos de ouvir lá nos primeiros dias: “Vocês estão loucos! Ouvinte de rádio não tem tempo pra isso; rádio é uma coisa mais ligeira, menos profunda”.

Fizemos, meus caros, então, o contrário do que recomendavam os que nunca apostam na inteligência dos ouvintes, dos leitores, dos internautas, dos telespectadores. Nós apostamos e fazemos fé na capacidade de entendimento daqueles que nos acompanham. Nós gostamos quando nosso público cobra ainda mais de nós. É esse o espírito que nos anima desde o princípio: a mim, Patrick Santos, Mona Dorf – que já integrou esta bancada -, Clayton Ubinha, Bob Furuya, Reginaldo Lopes e, agora, Victor La Regina, o nosso caçula.

Temos nos esforçado, ademais, para tratar dos assuntos os mais sérios e mais graves com leveza, com humor, com delicadeza. Mas não tememos também os momentos em que a serenidade deve, sim, ceder à indignação. E, acreditem, sabemos nos indignar quando isso se faz necessário.

Vida longa aos Pingos nos is. Vida longa ao espirito que o anima.

Saúdo neste 28 de abril de 2015 o primeiro aniversário deste programa e os 84 anos de Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o “Seu Tuta”, a régua e o compasso inequívocos desta emissora. Se a Constituição e os fundamentos da democracia garantem a liberdade de expressão, é preciso que exista um empreendedor com coragem, um empresário com ousadia, um realizador com espírito público para que tais fundamentos se materializem e sejam vividos na prática. A liberdade, sem seu pleno exercício, é só uma palavra inútil.

“Seu Tuta” foi assentando e tem assentado cada tijolo, cada ponto de audiência, da maior e mais importante emissora de rádio do país. Os sábios descobrem, antes da maioria dos homens, que só constrói uma tradição quem sempre inova; só inovava quem consegue criar uma tradição. Da tradição e da inovação que Seu Tuta nos inspira, pusemos em prática a máxima do poeta americano Ezra Pound: “Repetir para aprender; criar para inovar”.

Nós, de Os Pingos nos Is – e tenho a pretensão de falar também em nome de nossos ouvintes – somos gratos à parceria da Família Carvalho, de que Seu Tuta é líder inconteste. Somos gratos a José Carlos Pereira, diretor de Jornalismo, pela serena condução do trabalho. Somos gratos ao conjunto de profissionais da Jovem Pan que fazem desta a maior emissora de rádio do país.

Lutamos por um Brasil mais justo, por um Brasil mais digno, por um Brasil mais amigável. E, como recomendava São Paulo, o apóstolo, não temos receio de travar o bom combate.

Muito obrigado!

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