EI foca em atentados isolados para atrair simpatizantes, diz especialista
Com derrotas do Estado Islâmico no Oriente Médio, facção mostra alcance internacional em atentados de retaliação. Desde que os ataques da coalizão se intensificaram em territórios dominados pelo EI, o grupo tem assustado pessoas de continentes diferentes. Na última semana, Istambul, na Turquia, e Jacarta, na Indonésia, foram alvos de atentados terroristas que mataram 17 pessoas e feriram dezenas.
O diretor de relações internacionais da FMU, Manoel Furriela, diz que a facção não está conseguindo afetar grandes cidades europeias ou americanas: “Nesses dois outros centros, eles foram praticados nesse intuito de primeiramente fazer algo mais disseminado e inesperado, e por outro lado mostrar que ainda podem ser praticados atos terroristas, mas não propriamente naqueles grandes centros que seriam os alvos mais interessantes para o EI”.
Apesar de os atentados serem realizados em países periféricos, a preocupação com a segurança nas capitais europeias tem atingido o nível máximo. O professor de relações internacionais da ESPM, Heni Ozi Cukier, ressalta a Victor La Regina o papel dos atentados no recrutamento de mais terroristas: “Para você continuar atraindo simpatizantes, tem que mostrar que você está na ofensiva, que está forte, que continua tendo vitórias, obtendo resultados, ainda mais com a cobertura na mídia mundial, independente da dificuldade que o EI esteja enfrentando nos territórios da Síria e do Iraque”.
Depois dos atentados de Paris, em novembro, o ISIS perdeu cerca de 30% de seu território no Iraque e na Síria, incluindo a cidade de Ramadi. Em resposta ao ataque de Istambul, a força aérea turca diz ter matado 200 extremistas na última semana por meio de bombardeios.
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