Eike Batista se assume como “fenômeno” e nega ter causado prejuízo ao BNDES

  • Por Jovem Pan
  • 18/11/2015 13h32
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Gilmar Felix - Câmara dos Deputados Audiência pública para tomada de depoimento do empresário Eike Batista na CPI do BNDES da Câmara

O empresário Eike batista afirmou na CPI do BNDES que o banco não teve prejuízo com suas empresas. “Eu gerei zero de prejuízo ao BNDES. A exposição do BNDES que a mídia replicava ao grupo, que a mídia replicava várias vezes que era R$ 10 bilhões, foram R$ 119 milhões. Espero que esse fórum ajude a comunicar isto ao mundo, porque essa é a verdade”, afirmou.

Questionado sobre o seu patrimônio pessoal pelo deputado Arnaldo Jordy PPS-PA, Eike falou que hoje está negativo em 1 bilhão de dólares, mas negou que esteja falido, porque está negociando com os credores. O empresário disse que espera comunicar que voltou. O deputado ironizou e o chamou de “fenômeno”, Eike não se fez de rogado e arrancou risos dos presentes.

“Eu sei”, respondeu imediatamente. Eike Batista disse que criou muitos inimigos no país, principalmente os empreiteiros. Ele afirmou que a OGX foi uma “ameaça” à Petrobras, a MMX foi uma ameaça à Vale do Rio Doce (Vale). Os empreiteiros brasileiros não sabiam construir um porto desse padrão. Eu tenho certeza que era um inimigo dos empreiteiros”.

Dirceu

Eike Batista relatou também que contratou o ex-ministro chefe da casa civil José Dirceu, para tentar entrar com seus negócios na Bolívia.

“José Dirceu tinha um projeto na Bolívia, em Corumbá. Eu o contratei para fazer um estudo, me ajudar com o governo da Bolívia a botar o projeto em pé, e não ficou em pé em 2008”, disse Eike. “A gente ia botar a Bolívia no mapa do mundo na área de siderurgia”.

“Eu fui nacionalizado, sofri uma agressão. Recorrer a quem? Ao Itamaraty?”, questionou.

Com Daniel Lian

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