Eleição de Trump pode estreitar espaço para reduzir juros, diz ex-presidente do BC

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2016 08h38
Prédio do Banco Central em Brasília. 09/12/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino REUTERS/Ueslei Marcelino Prédio do Banco Central em Brasília - Reuters

A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos pode refletir na economia brasileira e na taxa de juros no País. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, afirmou que as economias e moedas emergentes que possuem certo nível de vulnerabilidade interna ou externa irão sofrer pressões em função das incertezas da nova política eocnômica dos EUA.

O Brasil, por exemplo, atravessa um período de tentativa da retomada de crescimento e a o tom protecionista e e populista do discurso do republicano pegam o Brasil nessa fase vulnerável.

“Com o setor doméstico vivendo uma onda de incerteza, tudo fica mais difícil. Espaço que o Banco Central tinha para reduzir juros se torna mais estreito”, destacou Carlos Langoni.

Políticas de Trump

“Talvez o tom seja ameno, mas alguns compromissos de campanha ele vai tentar implementar. Protecionista, postura anti-liberal. Todo o processo está sendo ameaçado pela retórica de Trump. Cria, na prática, um ambiente de guerra comercial que deprime a experiência global”, disse.

Langoni ressaltou que a saída do ciclo recessivo no País está sendo mais lenta que o imaginado, mas ponderou: “é razoável, porque o motor da nova fase é o investimento privado e isso só vai acontecer de forma gradual”.

Confira a entrevista completa:

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