Eleição presidencial na Argentina deve ser a mais equilibrada dos últimos anos

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2015 15h02
reprodução Buenos Aires tem bandeira da cidade roubada de mastro no Obelisco

 A uma semana do pleito, candidatos à presidência da Argentina tentam atrair votos de indecisos com propostas diferentes para a América do Sul. A eleição de domingo deve ser a mais equilibrada da história recente do país e marca duelo entre o kirchnerista Daniel Scioli e o conservador Maurício Macri.

As pesquisas indicam que o candidato da situação vencerá no primeiro turno, mas os concorrentes apostam que um segundo turno estabilizaria a disputa.

O economista argentino Gustavo Segré diz que os dois políticos têm visões muito diferentes sobre o Mercosul: “Se o Macri ganhar, ele mencionou que poderia fazer uma coisa que os industriais brasileiros vão achar uma boa ideia, que é reroceder no Mercosul para que volte a ser uma zona de livre comércio, ao invés de ser uma união alfandegária. Assim cada um dos países teria liberdade de negociar bilateralmente com outros países e outros blocos”. 

O terceiro colocado é o peronista Sergio Massa, que pode desequilibrar a favor de Scioli, caso haja um segundo turno.

O professor de relações internacionais da ESPM, Mario Sacchi, ressalta que em relação ao Brasil, as propostas dos dois esquerdistas são semelhantes: “Pode haver um acordo entre o Macri e o Massa, porque o grupo de internacionalistas que tem dentro dos dois partidos são muito amigos, e são eles que vão se dedicar à parte de economia e de relação com o Brasil. Pode ser que se chegue a um acordo para ganhar a eleição”.

Seja com a vitória de Scioli ou não, especialistas acreditam que o kirchnerismo está com os dias contados na Argentina. O candidato escolhido para suceder Cristina já mostrou críticas ao atual governo, apesar de ter recebido o apoio de toda a esquerda latino-americana.

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