Em meio a críticas e pressão, STF define rito de impeachment nesta quarta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2015 07h58
Carlos Humberto / SCO / STF STF

 Supremo Tribunal Federal define nesta quarta-feira (16/12) como deve ser o rito do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Recurso apresentado pelo PCdoB quer anular também a eleição da Comissão Especial.

O líder do PT na Câmara acredita que o STF tomará medidas capazes de preservar o mandato da presidente Dilma Rousseff. O deputado Sibá Machado ironiza a ajuda que assessores da Câmara deram a juristas de São Paulo e volta a criticar a oposição: “É um impeachment de quinta categoria. Apelo para o povo vir para as ruas. Não tem cheiro de povo nessa tentativa de golpe”. Os petistas torcem para que o STF derrube a eleição da Comissão Especial, efetivada com o voto secreto dos parlamentares.

O deputado Rubens Bueno, do PPS, entende que os Juízes manterão o rito prescrito pelo regimento da Câmara: “O voto secreto é aquilo que manda o regimento interno da casa e que não está previsto na exceção da Constituição. O regimento da casa é claro, comissão, mesa, eleições internas, todas se dão pelo voto secreto”.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau, recusa-se a comentar o impeachment de Dilma Rousseff, por ser ligado ao Judiciário, mas, respondendo a Anderson Costa, faz questão de se manifestar como cidadão sobre a crise política: “Como um cidadão, estou torcendo muito para que essa coisa acabe logo com o impeachment”.

O ministro do STF Luiz Edson Fachin distribuiu na terça-feira (15/12) o relatório sobre o tema aos demais membros da Corte. Há a expectativa de que algum dos ministros peça vista no processo para decidir o voto com mais calma.

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