Em novo recuo, Maia desiste de pautar repatriação e diz que é preciso calma

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participa do lançamento do Siele - Sistema de Informações Eleitorais (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) - ABR

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem irritado lideranças da Casa por conta da indecisão em torno da votação de alterações no projeto da repatriação de recursos não declarados no exterior.

Nesta quarta-feira (19), durante café da manhã com líderes, o combinado, segundo o líder do PSD, Rogério Rosso, é que a votação seria na segunda-feira (24).

Pouco depois, Maia mais uma vez recuou e disse que recebeu um telefonema do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e desistiu de colocar a proposta na pauta.

“Há um ambiente para aprovar a maioria, mas há uma preocupação do Governo com a instabilidade que isso pode gerar. Mas vamos ter calma porque a crise é muito grande, a herança deixada é muito grande e a gente não pode errar. Não podemos correr o risco daquilo que está projetado para a repatriação perder um real”, disse Maia.

O presidente da Câmara já reclamou da falta de acordo e, na semana passada, já havia afirmado que não iria se desgastar por conta da matéria.

A proposta inicial prevê que o prazo de adesão ao programa de repatriação termina no final de outubro. A proposta da Casa seria ampliar o prazo até 16 de novembro. A movimentação na Câmara é no sentido também de permitir, por exemplo, que parentes de políticos possam aderir a novidade, o que é proibido pela proposta inicial.

*Informações da repórter Luciana Verdolin