Em um mês, Trump já registra embates com imprensa, Judiciário e republicanos
Recheado de gafes e polêmicas, o primeiro mês de governo de Donald Trump parece ter durado um século. Em 30 dias, o presidente americano assinou 23 ordens executivas que tiveram pouco efeito prático.
A mais polêmica delas, que vetava a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, foi derrubada na Justiça.
Os conflitos não aconteceram só contra juízes. Políticos republicanos, jornalistas e chefes de estado de México, Irã e Austrália entraram em confronto com Trump.
As polêmicas foram potencializadas pelo Twitter pessoal do presidente, que não parou de publicar frases polêmicas após a posse no cargo, em 20 de janeiro.
O diretor do Instituto Brasil do Wilson Center, em Washington, Paulo Sotero reconheceu que o primeiro mês do republicano é diferente de tudo que o cidadão norte-americano já viu. “O país nunca teve um presidente com as características de Donald Trump. É um sujeito especializado em falar mal de aliados e tratar bem potenciais inimigos”, disse.
Mas ficou claro no primeiro mês que o governo Trump não é 100 por cento anti-establishment.
Três secretários importantes são muito respeitados pelos políticos tradicionais de Washington, de acordo com Paulo Sotero. São eles: o ministro da defesa, James Mattis, o ministro da segurança doméstica, General Kelly, e o secretário de estado, Rex Tillerson.
Mas até o momento eles não conseguiram evitar que Trump se desentendesse com líderes de México, Irã e Austrália. Um quadro que pode mudar.
Nesta segunda-feira (20), no dia que completou um mês na Casa Branca, Donald Trump resolveu a maior crise da gestão até o momento.
O tenente-general Herbert Raymond McMaster foi escolhido como conselheiro de segurança nacional do presidente.
Ele vai substituir Michael Flynn, que renunciou após um pedido depois que a imprensa revelou que ele conversou com o embaixador russo em Washington antes de o republicano tomar posse.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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