Empresa retoma anestesia em hospitais municipais, mas caso segue na Justiça
Os serviços de anestesia eletivas que estavam suspensos em oito dos 13 hospitais municipais desde o dia 13 de outubro, serão retomados nesta terça-feira (1º).
A informação foi confirmada, por nota, pela TAMP Serviços Médicos Hospitalares Ltda, responsável pelo serviço prestado ao município.
Segundo a empresa, a paralisação ocorreu pela falta de pagamentos pela Prefeitura de São Paulo.
A Secretaria Municipal de Saúde, também por nota, explicou que a Autarquia Hospitalar Municipal, está com os pagamentos em dia, referentes ao contrato firmado.
Segundo o município, a empresa está cobrando valores excedentes do estabelecido em contrato, que podem ser pagos por meio de indenização e que são objeto de auditoria da autarquia.
Com isso, segundo a Secretaria, a empresa não tem amparo legal para parar a prestação do serviço, foi notificada da situação devendo retomar as atividades sob pena de multa e rescisão contratual.
O município também estuda responsabilizar a empresa criminalmente caso haja consequências médicas graves pela falta de assistência aos pacientes.
A empresa justifica que “diante da necessidade da população e da ameaça injusta, arbitrária e ilegal” do município, retomará as atividades, mas toma medidas jurídicas cabíveis sobre o débito que continua em aberto.
Segundo a empresa, há atrasos superiores há 90 dias nos pagamentos devidos pela Autarquia Hospitalar Municipal.
Com a paralisação, muitos pacientes tiveram que adiar suas cirurgias.
Caso do senegalês Touré Makka, de 24 anos, que está internado no Hospital do Campo Limpo desde o dia 22 de outubro.
Vítima de um assalto no Jardim Rosana, Zona Sul da capital, o rapaz foi baleado e está tetraplégico.
Um relatório médico do hospital conta que o projétil atingiu a quinta vértebra e que o paciente aguarda pela liberação de anestesista para cirurgia de estabilização que pode reabilitá-lo.
A Secretaria de Saúde informou que a empresa está fazendo anestesia nos casos graves, o que, segundo o município, não é o caso do paciente em questão.
*Informações do repórter Fernando Martins
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