Empresariado tenta combater contrabando em São Paulo
O estado de São Paulo representa hoje o principal mercado para o contrabando no Brasil. Nesta quarta-feira (01º), entidades empresariais formaram uma aliança para tentar por um freio nessa modalidade criminosa. Para eles, as altas cargas tributárias e a falta de controle policial nas fronteiras e estradas contribuem para a expansão da atividade.
O presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, Edson Vismona, adverte que o contrabando é um braço do crime organizado que não deve ser desprezado: “Só com essa união que nós vamos conseguir combater e diminuir o espaço da criminalidade que tem no contrabando um grande incentivo de recursos, que eles conseguem obter utilizando o mercado ilegal como fornecedor desses recursos”.
As entidades reunidas pretendem apresentar um manifesto ao governador Geraldo Alckmin ainda neste mês. O presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, Evandro do Carmo Guimarães, estima que, em todo o Brasil, o contrabando corresponda à economia inteira da Argentina: “No Brasil é enorme, em torno de 16% do PIB. Isso em valores nominais corresponde ao PIB da Argentina”.
Um grande problema da luta para coibir o contrabando é a percepção de que se trata de um crime menor. Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha no ano passado mostrou que um em cada três brasileiros já comprou produtos clandestinos.
Reportagem: Tiago Muniz
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