Empresário que matou servidora pública há 13 anos vai a júri popular

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2017 08h40
Reprodução/Arquivo Pessoal ângela maria molino - rep

Empresário que atropelou e matou servidora pública há mais de 13 anos vai a júri popular nesta quinta-feira (23). Raphael Cordeiro de Farias Wright, hoje com 33 anos, responde por homicídio com dolo eventual.

Em 15 de outubro de 2003, a funcionária do Tribunal Regional Federal Ângela Maria Molino de Moraes saía do prédio da corte no fim da madrugada.

Ela era a responsável pela elaboração de um concurso público que ocorreria dentro de alguns dias e fez serão até altas horas.

Quando a servidora atravessava a avenida Paulista para pegar o carro dela que estava do outro lado da rua, ela foi atropelada pelo carro de Wright.

O estudante de direito à época foi preso em flagrante, mas ficou apenas dois dias detido.

Em depoimento, o acusado disse que estava a 80 quilômetros por hora e que freou o veículo no sinal amarelo. Mas testemunhas não confirmaram a versão e disseram que ele cruzou o sinal vermelho em alta velocidade.

Com o choque, a funcionária do TRF foi lançada a uma distância de aproximadamente 50 metros.

À polícia, Wright disse que tinha consumido duas latas de cerveja e se recusou a fazer o teste do bafômetro. 13 anos e cinco meses depois, o acusado vai a julgamento.

O advogado da família de Ângela Molino, Átila Machado, afirmou que está claro que o réu assumiu o risco de matar a vítima. “Neste caso está claro que ele assumiu o risco”, disse.

A defesa de Raphael Wright não quis se pronunciar.

O julgamento está marcado para a uma da tarde desta quinta-feira no plenário cinco do Fórum Criminal da Barra Funda e deve durar dois dias.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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