Empresas de transporte por aplicativos questionam projeto que pode inviabilizar operação no Brasil
A votação do pedido de urgência do projeto 5587 de 2016, que pode inviabilizar a atuação de empresas como a Uber no Brasil, está prevista para esta terça (04).
Se os deputados aprovarem o pedido, o projeto pode ser votado ainda nesta semana, o que tem preocupado os executivos das empresas e também motoristas.
A Jovem Pan ouviu o autor do projeto, deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, e também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Ambos enfatizaram que não está em pauta o bloqueio dos aplicativos, mas o reforço da necessidade de regulamentação do serviço pelos municípios. Essa não é a visão das empresas.
O diretor de comunicação da Uber, Fabio Sabba, afirmou que o projeto – como está no texto original – estabelece uma proibição velada aos aplicativos.
Fábio Sabba disse ainda que boa parte dos motoristas da Uber usa o serviço por meio da plataforma como complemento de renda. E serão severamente atingidos.
O diretor de políticas e comunicação da 99, Matheus Moraes, criticou a falta de debate sobre o projeto, já que empresas e cidadãos não foram ouvidos.
Matheus Moraes afirmou que o prejuízo provocado pela aprovação do projeto é enorme, já que acaba com uma categoria inteira. Segundo o executivo, o que deve ser observado é o impacto disso na mobilidade urbana, já que os carros particulares cumprem um papel relevante hoje.
Tanto a 99 quanto a Uber lançaram campanhas na internet pedindo para que os usuários cobrem explicações e abrem discussão sobre o projeto.
As empresas afirmam que a regulamentação é importante, mas não da forma como o texto que pode ser votado nesta semana propõe.
Confira a reportagem completa de Carlos Aros:
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