Equador vai às urnas neste domingo (02) para eleger novo presidente

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2017 10h42
QUI04. QUITO (ECUADOR) 22/02/2017.- El presidente de Ecuador, Rafael Correa, habla hoy, miércoles 22 de febrero de 2017, durante una conferencia de prensa en el Palacio de Gobierno, en Quito (Ecuador). Correa dijo hoy que la candidatura oficialista a la Presidencia del país, que encabeza su compañero Lenín Moreno, se quedó a medio punto de ganar en una sola vuelta las elecciones del domingo, cuyos resultados deberá ofrecer el Consejo Nacional Electoral (CNE). Con el 98,70 % de los votos escrutados, Moreno obtiene el 39,33 % de los votos y el opositor Guillermo Lasso el 28,17. EFE/José Jácome José Jácome/EFE Rafael Correa

Dois candidatos com perfis opostos, um socialista e um ex-banqueiro, disputam neste domingo (02) a presidência do Equador.

O vitorioso vai suceder Rafael Correa, que está no poder desde 2007. O candidato defendido pelo atual presidente é Lenín Moreno.

Integrante do partido Alianza País, ele propõe a manutenção das políticas adotadas pelo atual governo e promete a criação de programas populares, como um projeto para construção de casas à população de baixa renda.

Moreno é cadeirante. Ele perdeu os movimentos em 1998, após ser baleado durante um assaltado e também defende os direitos das pessoas com deficiência.

Do outro lado, está o ex-banqueiro Guilhermo Lasso. O candidato conservador promete a adoção de medidas para reverter a crise econômica no país e projeta a criação de um milhão de empregos.

Lasso está fortemente ligado à Igreja Católica, mas, mesmo assim, estabeleceu diálogo com representantes de grupos de defesa dos direitos da comunidade LGBT.

A corrida presidencial do Equador foi marcada pela violência.

O ato mais grave aconteceu na quarta-feira, quando o oposicionista Guillermo Lasso foi atacado com paus e pedras no estádio onde acontecia a partida entre Colômbia e Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, lamentou os episódios, mas, mesmo assim, não perdeu a oportunidade de atacar o opositor.

Correa disse repudiar o que aconteceu no Estádio de Quito, mas acrescentou que também repudia a hipocrisia e a imoralidade. O presidente afirmou: “vamos deixar que eles provem do próprio remédio”.

Uma vitória do conservador Guilhermo Lasso neste domingo pode representar a saída de mais um governo de esquerda, na América do Sul.

Nos últimos anos, Brasil, Argentina e Peru já abandonaram governos com essa orientação.

O fim do governo de Rafael Correa, no Equador após uma década, e a possibilidade de que seu apadrinhado perca a disputa podem ser vistos como mais um sinal de enfraquecimento da onda progressista na região.

No primeiro turno, Lenín Moreno terminou a disputa em primeiro lugar, com 39% dos votos, contra 28% de Guilhermo Lasso.

Para a votação deste domingo, o cenário permanece indefinido. A vantagem do candidato socialista diminuiu.

De acordo com as últimas pesquisas, Moreno continua na liderança com 52% das intenções de voto, enquanto o ex-banqueiro aparece com 48%.

*Informações do repórter Vitor Brown

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