Escola pior colocada no Enem em SP sofre com uso de drogas e desmotivação

  • Por Carolina Ercolin/Jovem Pan
  • 05/10/2016 12h30
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Reprodução/Google Maps colégio estadual Nair Olegário Cajueiro

A pior média do Enem 2015 na capital paulista é do colégio estadual Nair Olegário Cajueiro, que fica no Jardim Ângela, extremo sul de São Paulo.

Os alunos se dizem constrangidos pela posição no ranking. Ao mesmo tempo têm dificuldade para apontar uma única razão para o péssimo desempenho. Muitos, como sempre estudaram ali, se dizem incapazes de traçar uma comparação com uma escola de boa qualidade. 

Ainda assim, um dos poucos sensos comuns é o de que muitos professores não se comprometem a ensinar, como explicam as alunas Vitória Siqueira e Vitória Monteiro, alunas do Ensino Médio.

Mas há outros agravantes, na opinião de Naiara Fernandes e Verá lucia, alunas do último ano do ensino médio que tem a missão tirar a escola do último lugar do ranking do ENEM no ano em 2017.

Segundo funcionários do colégio que não quiseram se identificar por medo de represálias, a situação não parece preocupar a diretoria. Estudantes têm autonomia para entrar e sair das salas, não respeitam os docentes e até usam drogas nas dependências da escola. O aluno Vinicius, de 17 anos, admite que precisou se afastar dos colegas para continuar os estudos.

O método de ensino na periferia também é alvo de críticas do estudante Luan Oliveira, que quer prestar História na Fuvest este ano.

Outra dificuldade apontada pelos alunos dá conta da estrutura do prédio. Um elevador quebrado obriga alunos a carregarem uma colega paraplégica nos braços até a sala de aula todos os dias.

A Jovem Pan procurou a Secretaria Estadual da Educação, que preferiu não comentar sobre os resultados do Enem no Colégio Nair Olegário Cajueiro.

Confira a reportagem completa de Carolina Ercolin:

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