Escolha de vice de Trump é tida como manobra para acalmar ala conservadora
Ao escolher o governador de Indiana como vice, Donald Trump manobra para acalmar a ala mais conservadora do partido republicano, que ainda não digeriu sua candidatura.
Mike Pence é um político tradicional, evangélico e um claro contraponto à volatilidade do magnata que será oficializado com presidenciável nesta semana durante a convenção nacional da legenda.
Para especialistas, a escolha pode ajudar Trump a construir uma ponte com Washington, onde Pence foi deputado por 12 anos com histórico de posições antiaborto e anti-LGBT.
O governador ainda teve o apoio do senador Ted Cruz nas prévias, o que será importante nessa etapa do processo avalia o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Virgilio Arraes:
“É possível que nos próximos dias, Ted Cruz, apesar de se estranhar com Trump, termine entrando na campanha também”
Na convenção, autoridades conservadoras como Mitt Romney e a família Bush devem minimizar as polêmicas de Trump e focar na imagem de um partido unido, na opinião do ex-embaixador do Brasil em Washington.
Para Rubens Barbosa, é hora de pensar pragmaticamente para voltar à Casa Branca após oito anos:
“Eu acho que as grandes divisões internas foram absorvidas em nome da unidade do partido, porque já é difícil ganhar da Hillary normalmente, com o partido muito dividido fica impossível”
A Convenção Nacional Republicana que nomeará oficialmente Donald Trump como candidato a presidência dos Estados Unidos começa hoje em Cleveland e segue até a próxima quinta-feira.
Um forte esquema foi montado para o evento na cidade considerado de segurança máxima no país.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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