Especialistas afirmam que indicadores do IDH devem ser analisados em longo prazo

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2015 07h35
Marcelo Horn / GERJ Favela - RJ

 Queda do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano de 2014 confirma o efeito perverso da crise econômica na renda dos cidadãos. De 188 avaliados, o país é o número 75 da lista da ONU: perdeu um lugar para o Sri Lanka, com quem estava empatado.

Na América Latina, o Brasil aparece em 13º lugar atrás de nações como Barbados, Antígua e Barbuda, Panamá e Trinidad e Tobago. A coordenadora do relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD, Andréa Bolzon, diz a Victor La Regina que melhoras são observadas no longo prazo: “Desde 1990 a média da expectativa de anos de estudo aumentou três anos, a renda aumentou 50%. Claro, se a gente olhar no curto prazo, a gente não vê tanto essas diferenças”. Andréa Bolzon acrescenta que, entre os países emergentes, o Brasil é o que cresce com menor velocidade.

Falando a Thiago Uberreich, o sociólogo Paulo Silvino avalia que cada país tem desafios diferentes e a comparação dificulta o entendimento: “Os desafios que se colocam ao Brasil, por ter mais de 200 milhões de habitantes, por ser um país historicamente com uma concentração de renda muito grande, evidentemente são desafios maiores que os de outros países que tem uma economia menor e até dimensões continentais menores, que acabam tendo uma qualidade de vida melhor”. Paulo Silvino lembra que nem sempre maior renda significa desenvolvimento.

Uma família com seis pessoas pode ter mais recursos do que uma com três, por exemplo, mas a divisão por integrante é menor. O IDH das Nações Unidas engloba expectativa de vida ao nascer, escolaridade e ganho per capita.

A nota do Brasil foi 0,755 no ranking que vai de zero até a avaliação máxima de 1.

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