Especialistas preveem turbulências no mercado com saída do Reino Unido da UE
O mercado deve viver uma semana de incertezas, ainda com as consequências da decisão do Reino Unido de se separar da União Europeia. Serão levados em conta os riscos de fragmentação do bloco e os prejuízos às economias da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Politicamente, a situação ainda não está definida, o que reforça os movimentos de aversão ao risco. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o gestor financeiro Paulo Possas ressalta que o mercado ainda tenta interpretar o que ocorreu no Reino Unido: “O mercado tende a ficar mais turbulento por causa do ineditismo. Nunca aconteceu uma saída da UE e não se sabe exatamente o que isso pode afetar. O empresariado não está investindo muito porque as economias estão devagar e com as dúvidas vão investir menos ainda”.
Economistas apontam que as incertezas em torno desse processo de separação podem durar até dois anos. Manoel Furriela, coordenador da Faculdade de Relações Internacionais da FMU, avalia que essa mudança pode ser positiva para o Brasil: “Numa oportunidade do Brasil firmar um acordo com a Grã-Bretanha diretamente, um acordo que tem chance de sair de uma forma muito mais fácil do que aquele que sairia com a UE”.
Em relação ao dólar, não se prevê uma grande oscilação, diferentemente do pode ocorrer no mercado de ações. Economistas afirmam que o segmento cambial já passou por um reajuste recente.
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