Estudo aponta que 77% dos enfermeiros já foram agredidos no trabalho
Falta de condições de atendimento é a principal causa da violência contra profissionais de saúde. Entidades dos médicos e dos enfermeiros no Estado de São Paulo apresentaram pesquisas que mostram o agravamento desse problema.
Segundo os estudos, 77% dos funcionários da área de enfermagem já foram agredidos no ambiente de trabalho. A presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Fabíola Braga Mattozinho, conta a Tiago Muniz que há relatos até de estupros: “Tivemos situações que envolveram estupro de profissional: ela estava no atendimento e não havia profissional para atender. Ela pediu para retornar mais tarde, o paciente disse que sabia que horas ela saía e, na saída, houve o estupro”.
A pesquisa apresentada pelos médicos mostra que 47% deles conhecem um colega que sofreu um episódio de violência. O presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, Bráulio Luna Filho, diz que as más condições de atendimento motivam os casos: “Eles já ficam horas esperando, às vezes é a segunda ou terceira vez que estão voltando, a estrutura do local não é acolhedora. Tem vezes que um profissional está muito sobrecarregado, atendendo 40, 50, 60 pacientes no dia e que muitas vezes não tem condições de compreender aquela situação”.
As entidades afirmam que existem relatos de agressões na área particular, mas a maioria dos casos ocorre em instituições públicas. Em ação conjunta, os conselhos de médicos e enfermeiros já levaram a discussão à Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo.
As entidades afirmam que existem relatos de agressões na área particular, mas a maioria dos casos ocorre em instituições públicas. Em ação conjunta, os conselhos de médicos e enfermeiros já levaram a discussão à Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo.
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