Estudo revela chance de grávida infectada com zika gerar bebê com microcefalia

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2017 13h08
Pequena Manuelly EFE/ Antonio Lacerda Imagens de zika

Uma das perguntas que as mulheres mais se faziam no auge da epidemia de zika no Brasil era: se eu for infectada durante a gestação, qual a chance de o bebê nascer com microcefalia.

Agora já se sabe: uma em cada 10 grávidas infectadas pelo zika – ao menos nos Estados Unidos – tiveram um bebê com malformação cerebral. O risco aumenta quando o contato com o vírus ocorre nos três primeiros meses de gestação. Neste caso, 15% das grávidas transmitem o zika para feto, na média.

Essa é a última descoberta dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, órgão americano de pesquisa em saúde que examinou 250 mulheres em 2016 e traz alguma luz ao mar de dúvidas que ainda restam sobre o vírus presente em 84 países.

Uma delas é esta: “Quais são os fatores que levam a essa porcentagem das mulheres conseguirem transmitir o vírus pela placenta?” O infectologista Artur Timerman, que é presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses considera importante unir o estudo divulgado órgão americano a outro: na semana passada, a revista Science publicou uma relação perigosa com o vírus da dengue.

Segundo o texto científico, a exposição à dengue aumenta os efeitos do zika. Isso levanta a discussão sobre o uso da vacina em mulheres em idade fértil.

“Teoricamente há uma chance maior da mulher que tomou a vacina da dengue, exposta ao vírus da zika, de fazer com que esse vírus atinja o seu feto”, avalia Timerman.

No Brasil, o Governo do Paraná ofereceu a vacina contra dengue gratuitamente à população. As doses também são vendidas clínicas particulares de todo o país.

Reportagem de Carolina Ercolin. Ouça AQUI.

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