EUA preferem deixar negociações com Coreia do Norte para China ou ONU, diz especialista
O ditador norte-coreano Kim Jong-un afirmou que teste com bomba de hidrogênio foi necessário para evitar uma guerra nuclear com os Estados Unidos. Foi a primeira declaração do líder do regime comunista desde o anúncio do sucesso na operação na última quarta-feira (06/01).
No sábado (09/01), um bombardeiro B-52 dos Estados Unidos, capaz de transportar armas atômicas, sobrevoou uma base aérea na Coreia do Sul. A operação foi classificada como uma demonstração do compromisso norte-americano com os aliados japoneses e sul-coreanos e com a defesa do país. Fontes militares alertaram, no entanto, que não pretendem aumentar a tensão com Pyongyang.
A professora Cristina Pecequillo, especialista em política internacional da Unifesp, diz que Washington precisava marcar posição no episódio: “Os Estados Unidos, com a Coreia do Norte, têm uma função bastante clara. Eles preferem não negociar com a Coreia do Norte e a questão ser resolvida no âmbito multilateral das conversações, e tentam levar a responsabilidade para a ONU e para China”. Cristina Pecequillo afirma que o governo democrata de Barack Obama precisa buscar equilíbrio na reação para não desagradar o eleitorado em ano eleitoral.
Mesmo sem a confirmação do teste com uma bomba H, o Conselho de Segurança da ONU prometeu endurecer as sanções à Coreia do Norte.
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