Eventual governo de Michel Temer deve manter privatização de aeroportos

  • Por Jovem Pan
  • 28/04/2016 09h48
22/09/10 Comemoração dos 5 milhões de clientes da azul Na foto: Foto: Mila Cordeiro/ AGECOM Wikimedia Commons Aeroporto de Salvador (Wikimedia)

 Os aeroportos de Florianópolis, Porto Alegre, Fortaleza e Salvador serão privatizados, um processo que não deve ser alterado no eventual governo Temer. A gestão Dilma Rousseff já confirmou o leilão para o fim do ano e anunciou que vai reduzir a experiência exigida às empresas. A medida que afrouxa as regras da concorrência foi determinada pelo Tribunal de Contas da União.

Para gerir um aeroporto, o consórcio interessado deveria administrar outro local com movimento de 10 milhões de passageiros por ano. No caso de Florianópolis, por exemplo, o menor dos quatro, o número ficou reduzido a 4 milhões de pessoas.

O doutor em planejamento de transporte, Paulo Resende, explica a Thiago Uberreich que a gestão é tarefa difícil, mas defende facilitar as concessões: “Baixar essa régua não vai afetar muito, mas eu diria que ficar no meio do caminho é bem melhor, porque não podemos correr o risco de ter um operador com experiência em pequenos aeroportos”. Resende, professor da Fundação Dom Cabral, espera que o novo governo olhe com atenção para a logística do país.

O advogado Frederico Bopp Dieterich, especialista em infraestrutura, acredita que as regras de concessão serão mantidas por Michel Temer: “Não interessaria a ele endurecer a regra, dificultar a participação e, nos primeiros leilões que fizer, estar fracassado. Seria um ponto positivo para a oposição a ele. Você não pode mudar as regras rapidamente, fazer que as coisas se tornem diferentes tão rápido, ainda mais já tendo passado pelo TCU”. Dieterich ressalta que, apesar da crise, empresas vão se interessar pela concessão.

O governo estima que os investimentos nos aeroportos de Florianópolis, Porto Alegre, Fortaleza e de Salvador vão chegar a R$ 8,5 bilhões.

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