Ex-BNDES teme “medida extrema” do governo na economia

  • Por Jovem Pan
  • 15/03/2016 09h30
EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/ EVELSON DE FREITAS / Agência Estado Ex-presidente do BNDES defende manutenção de gastos fiscais para combater a crise

 O economista, ex-presidente do BNDES e ex-ministro das comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, em entrevista à Jovem Pan, avalia que as manifestações realizadas no domingo (13/03) refletem de forma muito importante a indignação popular, mas acrescenta que é importante prestar atenção na economia: “Há mudanças muito importantes na questão política, não só pelo tamanho das manifestações de domingo, mas principalmente porque a economia continua em queda livre, as dificuldades continuam aumentando”.

Barros explica que a equipe econômica do governo tenta reverter o panorama do País, mas caminha para a direção errada: “Querem mudar a política econômica para tentar reverter essa sensação de fracasso. Mas conhecemos bem o pensamento econômico do PT, do Lula, do grupo que forma a central de inteligência do governo, e essa leitura é completamente errada. Mas nós não vimos ainda o último capítulo da deterioração econômica, que virá quando o governo tomar uma medida extrema”.

As medidas que poderiam salvar a economia em curto prazo são escassas, com a burocracia pública, a falta de recursos na parte fiscal e principalmente com a falta de confiança do setor privado, é o que aponta o especialista. Barros acredita que o mercado não vai reagir a medidas de ação rápida, como a venda das reservas, o que pode acelerar ainda mais um possível quadro de impeachment: “A venda de reservas vai gerar uma queda ilusória. Quem vai querer comprar essas reservas?”.

Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã.

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