Ex-governador do MS, André Puccinelli passa a ser monitorado por tornozeleira
O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, do PMDB, passou a ser monitorado com tornozeleira eletrônica, pela Polícia Federal.
Nesta quinta-feira (11), ele foi alvo de uma condução coercitiva, durante a 4ª fase da operação Máquinas de Lama. A ação apura fraudes em licitações e obras públicas no estado.
De acordo com as investigações, o ex-governador tinha conhecimento do esquema de desvio de recursos e recebeu valores indiretamente.
Puccinelli foi levado para prestar depoimento e deixou a Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande usando a tornozeleira.
O advogado Renê Siufi, que representa o ex-governador, critica a decisão e afirma que a medida foi exagerada: “ele não tem risco de fugir, sempre atendeu as determinações judiciais”.
O advogado Renê Siufi também contesta a fiança de R$ 1 milhão, estipulada pela Justiça. Ele afirmou que André Puccinelli não tem condições de arcar com o valor, porque teve os bens apreendidos.
O delegado Cleo Mazzoti, da Polícia Federal, disse que o ex-governador corre o risco de ser preso, caso não pague a fiança: “se ele não pagar esse R$ 1 milhão, a Justiça vai determinar alguma medida”.
Segundo o delegado Cleo Mazzoti, a Polícia Federal chegou a solicitar a prisão preventiva de André Puccinelli, mas o pedido foi rejeitado.
A Justiça determinou que fossem adotadas medidas restritivas, como a condução coercitiva, a colocação de tornozeleira e o pagamento de fiança.
André Puccinelli foi governador do Mato Grosso do Sul entre 2007 e 2014.
De acordo com a Polícia Federal, os crimes investigados provocaram um prejuízo de 150 milhões de reais, aos cofres públicos.
Entre as irregularidades, estão o direcionamento de licitações públicas, o superfaturamento de obras e a aquisição fictícia ou ilícita de produtos.
*Informações do repórter Vitor Brown
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