Ex-presidente do BC critica excesso de concessões do governo Temer

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2016 09h15
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Brasil, São Paulo, SP, 23/07/2014. Retrato do economista Gustavo Loyola durante o lançamento do livro "Bonecas Russas", de Eliana Cardoso, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo. - Crédito:IARA MORSELLI/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:170550 IARA MORSELLI / ESTADÃO CONTEÚDO Gustavo Loyola AE

 Em entrevista à Jovem Pan, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, afirmou que é preocupante as concessões do governo Temer no campo fiscal: “Eu acho que o governo está cedendo demais no fiscal. Não tinha necessidade de dar aumento no Bolsa Família acima do que havia sido anunciado por Dilma Rousseff anteriormente. O aumento do funcionalismo foi aprovado, há algumas ações que me preocupam. Cabe no orçamento, mas o orçamento é extremamente deficitário. Se esperava que o governo fosse mais cauteloso ao assumir esse tipo de compromisso”.

Entre as medidas econômicas positivas do governo, apontadas por Loyola, está o estabelecimento de um teto para os gastos públicos e sua aplicação também nos estados. O economista avalia que reformas mais complexas, como a previdenciária, deverão entrar em pauta se for confirmado o impeachment da presidente afastada.

Loyola elogiou a escolha de Ilan Goldfajn para o Banco Central e acredita que o ajuste fiscal é essencial para ocorrer a queda dos juros: “O Banco Central está em uma direção com grande credibilidade. O Ilan é um grande economista e seus discursos foram na direção de buscar a meta no ano que vem, ou seja, os juros que se esperava que podiam cair em agosto, talvez caiam só no ano que vem. Há de fato a possiblidade da inflação cair para 4,5%, no centro da meta, não obstante as expectativas estarem em 5,5%. O ajuste fiscal ajudará o Banco Central”.

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