Ex-presidente do Peru pode ser preso por participação em esquema da Odebrecht
A Procuradoria-Geral do Peru deverá pedir a prisão do ex-presidente do país, Alejandro Toledo. Ele é acusado de envolvimento no esquema de corrupção liderado pela construtora Odebrecht e teria recebido cerca de 20 milhões de dólares em propina.
O dinheiro teria sido pago em troca de fraudes na licitação da Rodovia Interoceânica, conhecida como Estrada do Pacífico, que liga o Acre ao sul do Peru.
Em entrevista a uma rádio local, o procurador-geral do Peru, Pablo Sánchez, afirma que a prisão do ex-presidente pode ser decretada a qualquer momento.
Segundo o procurador, os investigadores estão trabalhando bastante e os esquemas de corrupção ligados à Odebrecht não são os únicos crimes apurados. Pablo Sanchez afirma que todos os crimes serão esclarecidos e garante que os responsáveis irão para a cadeia.
Alejandro Toledo foi presidente do Peru, entre 2001 e 2006.
O ex-presidente está em viagem pela Europa e rebate as acusações feitas pela procuradoria.
No final de semana, investigadores realizaram buscas na casa dele e recolheram cofres e caixas com documentos.
O nome de Alejandro Toledo teria aparecido na delação do ex-representante da Odebrecht no Peru, Jorge Barata.
Em dezembro, a empreiteira fechou acordo com a Justiça dos Estados Unidos e admitiu ter pagado 20 milhões de dólares a um “alto funcionário do governo peruano”.
A estimativa é de que a construtora brasileira tenha pagado mais de 800 milhões de dólares em subornos, no Peru e em toda a América Latina.
*Informações do repórter Vitor Brown
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