Ex-presidentes citados na lista de Fachin se defendem após levante do sigilo

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2017 08h15
Ministro Edson Fachin - EFE Ministro Edson Fachin moveu processo após pedido da defesa do petista Ministro Edson Fachin moveu processo após pedido da defesa do petista

Os quatro ex-presidentes da República vivos citados na lista do relator da Operação da Lava Jato no Supremo se defendem após levante do sigilo. Temer também se pronunciou.

Sem citar diretamente a lista do ministro do Supremo Edson Fachin, o presidente Michel Temer pediu para “sair um pouco” do tema e, durante uma cerimônia de atos em prol das mulheres em Brasília, comentou o assunto que monopolizou o noticiário desde terça-feira.

A divulgação da lista atingiu diversos parlamentares e o núcleo duro do governo. Uma das muitas preocupações é com o atraso e o impacto na reforma da previdência.

Apenas o ex-presidente Fernando Collor de Melo é alvo de inquérito. A Procuradoria-Geral da República suspeita que o senador tenha recebido R$ 800 mil de caixa dois na campanha em 2010.

Em nota, o senador nega, de forma veemente, ter recebido da Odebrecht qualquer vantagem indevida não contabilizada.

Lula é alvo de pedido de investigação. Seis petições foram enviadas por Fachin para a primeira instância, já que o ex-presidente foi citado por delatores da Odebrecht por obras no sítio de Atibaia, mesada para Frei Chico, por negociação de medida provisória, por contratos em Angola, dentre outras contravenções.

Em evento do PT em SP nesta terça-feira, Lula convocou quem o acusou a provar o que está falando:

Os demais ex-chefes de Estado estão apenas citados em delações cujos conteúdos foram remetidos à primeira instância. Um deles, Fernando Henrique Cardoso. O tucano teria tido “vantagens indevidas não contabilizadas” às campanhas presidenciais, segundo revelou Emílio Odebrecht.

Nas redes sociais, FHC negou conhecer o texto e aproveitou também para defender a Lava Jato.

A ex-presidente Dilma Rousseff, que está em Nova York, também falou da lista de Edson Fachin durante conferência sobre “crise econômica e democracia no Brasil”.

Os inquéritos vão para apurar se há elementos para a Procuradoria-Geral da República denunciar os investigados por eventuais crimes.

Se o Supremo aceitar essas denúncias, os acusados se tornam réus em ações penais.

Confira a reportagem completa de Carolina Ercolin:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.