Executivo revela pagamento de R$ 6 mi em propina a marqueteiro de Skaf

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2016 10h28
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Brasília- DF 08-05-2016 Presidente interino, Michel Temer durante encontro Encontro com Líderes Empresariais. Moreira Franco, Henrique Meirelles, Padilha, Marcos Pereira e Skaf. Meirelles durante discurso do presidente da FIESP, Paulo Skaf. Foto Lula Marques/ Lula Marques/Agência PT Paulo Skaf - Ag. PT

Após admitir caixa dois no mensalão, Duda Mendonça negocia delação premiada para denunciar mesma prática na campanha de Paulo Skaf em 2014. Ironicamente, o presidente da Fiesp foi o responsável por resgatar o marqueteiro do ostracismo pela implicação no escândalo petista de 2005.

Duda buscou a Procuradoria-Geral da República depois de saber da citação do seu nome no acordo da empreiteira Odebrecht, na Operação Lava Jato.

A confissão do recebimento de recursos não declarados à Justiça Eleitoral é uma tentativa de delação, negociada com procuradores há cerca de dois meses.

Segundo a prestação de contas entregue ao TSE, Paulo Skaf, segundo colocado na eleição de 2014, arrecadou R$ 29,2 milhões na campanha, mas R$ 10,3 milhões não foram usados.

O repórter Claudio Tognolli destaca a tentativa de acordo de Duda Mendonça com a Lava Jato e as implicações com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Confira a informação do repórter Claudio Tognolli:

O marqueteiro Duda Mendonça sustenta que a Odebrecht teria repassado o dinheiro para a campanha política do então candidato do PMDB ao governo de São Paulo.

Duda Mendonça atuou como marqueteiro de Paulo Skaf em duas campanhas ao Palácio dos Bandeirantes, em 2010 e 2014.

Na última disputa, a Odebrecht teria transferido os recursos para pagar despesas de marketing por meio do Setor de Operações Estruturadas.

Na prestação de contas de Skaf ao Tribunal Superior Eleitoral em 2014 aparece a Votemim Escritório de Consultoria Limitada.

A empresa de Duda Mendonça recebeu sete pagamentos oficiais, em um total de R$ 4,1 milhões. Mas a Odebrecht teria informado aos promotores da Lava Jato que o valor repassado ao marqueteiro foi maior e o depósito ocorreu via caixa 2.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, considera como “absurda” a denúncia de que as despesas de sua campanha tenham sido pagas com caixa dois.

Duda Mendonça não foi localizado, e a empreiteira Odebrecht afirmou que não irá se pronunciar sobre as informações dessa possível delação.

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