Exportadores colocam burocracia e custo Brasil como maiores entraves
Câmbio, burocracia e custo Brasil são os principais entraves e as maiores reclamações dos exportadores brasileiros. A constatação é de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria questionando o que mais atrapalha o setor.
Foram citados o custo do transporte, as tarifas dos portos e aeroportos, a demora na liberação de mercadorias e as dificuldades para escoar a produção.
Além de tudo isso, a volatilidade do câmbio também reduz a competitividade do produto brasileiro no mercado externo.
Mas o que assusta, de fato, os exportadores é a burocracia existente em toda a cadeia produtiva e na logística de escoamento dos gêneros.
O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, detalhou o tempo gasto para se efetivar uma exportação: “é um processo que exige assinaturas, leva cerca de 15 dias. Exige uma série de entidades correntes participantes nesse processo de exportação, cada um com seus custos”.
A desvalorização do dólar em relação ao real diminui a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. No entanto, o economista Michel Alabi identificou um elemento ainda pior: “mais, muito mais que essa volatilidade, é o custo Brasil”.
Os tributos federais e estaduais também estão entre os fatores que mais impactam nas exportações. A CNI apurou, ainda, que a maioria dos exportadores não recorre aos mecanismos de financiamento para viabilizar as vendas.
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