Falta de cultura e lazer aumenta a criminalidade, diz especialista
Presidente Dilma Rousseff discursa durante posse do novo ministro da Educação
Presidente Dilma Rousseff discursa durante posse do novo ministro da EducaçãoMinistério da Cultura admite: na chamada Pátria Educadora, 112 municípios brasileiros não têm nenhuma biblioteca pública. O setor responsável na Pasta vai além ao revelar a insuficiência de cinemas e museus em todo o país. A presidente da Câmara de Ensino Superior da Federação Nacional de Escolas Particulares adverte que a situação aumenta o risco de ações criminosas.
Em entrevista a Izilda Alves, a educadora Amábile Pácios alerta também para a necessidade de mudanças no conceito de bibliotecas no Brasil: “Bibliotecas públicas tem a função de ser um espaço de divulgação e formação de hábitos de leitura. Se esse município também não tiver um cinema, não tiver oportunidade para o jovem ter seu momento de lazer, com certeza aumenta a criminalidade”.
Quando tomou posse, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o lema do seu governo seria Brasil, a Pátria Educadora. Na prática, no entanto, cortes sucessivos têm marcado o ministério da Educação, que neste ano já teve três ministros diferentes.
Primeiro, o ex-governador do Ceará Cid Gomes, que ficou 76 dias no cargo em 2015. Depois, Renato Janine Ribeiro e agora, Aloizio Mercadante.
A professora de Educação da Unicamp, Márcia Malavassi, atribui a esse cenário o sucateamento do sistema educacional brasileiro: “Nós temos visto a educação brasileira sendo sucateada, sendo deixada em segundo plano em relação a outras questões e vamos ver as consequências de uma ação como essa em pouco tempo”. A educadora Márcia Malavassi acredita que a educação tem sofrido um grande golpe no Brasil nos últimos anos. Para ela, a área é uma espécie de atalho para um país se desenvolver e a realidade estaria muito distante na atual conjuntura do país.
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