Faltam áreas para novos empreendimentos em SP e saída é renovar espaço urbano

21-01-2015 - São Paulo. Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Cidade de São Paulo

São Paulo, que já não se expande com a velocidade de antes por causa da crise, também não tem grandes áreas disponíveis para novos empreendimentos. Além do impasse vivido pela Ceagesp na semana passada, que pode mudar para Perus, na zona norte, há outros na história recente da cidade que não deram em nada.

Você deve se lembrar do Piritubão, O parque de eventos de Gilberto Kassab, então prefeito, que tinha planos de sedirar a Expo 2020 em Pirituba.

Campo de Marte: está sempre na pauta a desativação do terminal deixando o caminho livre para investidores na imensa Santana, área nobre na zona norte da capital. E o novo aeroporto de São Paulo? Acabou indo para Caieiras e Cajamar, na região metropolitana.

Segundo o diretor da Embraesp, Reinaldo Finchatti, o problema esbarra em um fato: não há mais espaço para crescer. “Se você olhar a cidade como um todo, no extremo norte tem a Serra da Cantareira e no sul, as represas. Então você tem tendência de crescimento para leste e oeste”, disse.

O que leva a outra conclusão: a saída é renovar o espaço urbano.

Se o maior entreposto de alimentos da América Latina se mudar mesmo para Perus, em uma área vizinha ao rodoanel, o tráfego de caminhões dentro de SP será muito menor e a cidade ganhará um novo bairro de 700 mil m2 em uma área nobre.

Apesar da sinalização positiva da Prefeitura e do Governo Federal, investidores ainda estão reticentes, segundo o diretor da Associação Brasileira das Incorporadoras, Luiz Fernando Moura: “isso já se falou diversas vezes. Então as pessoas acompanham, ficam atentas”.

A mudança é, em parte, apoiada pelo Governo Temer por um motivo bem pragmático: sai mais barato construir um novo entreposto e repassá-lo à iniciativa privada do que executar as melhorias necesárias hoje na atual sede na Marginal do Pinheiros.

*Informações da repórter Carolina Ercolin