Ferraço é citado em lista, evita falar de nomes do PSDB e dispara: “eu não temo”
Citado na lista do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi acusado por delatores da Odebrecht de ter recebido R$ 400 mil de caixa dois para sua campanha em 2010.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o tucano negou qualquer ilicitude e pediu que seja apresentado o nome de quem recebeu a quantia.
“Sou o primeiro interessado na busca da verdade. Vou às últimas consequências na apuração das investigações e digo com tranquilidade: quem não deve, não teme. E eu não temo”, disse.
Segundo Ferraço, durante todo seu mandato como senador nunca teve contato com executivos da Odebrecht, os quais ele chamou de “mentirosos e criminosos”.
“Se passar na rua não sei quem é. Quando fui vice-governador entre 2006 e 2010 fui apresentado e troquei saudações, nada mais que isso. Nunca tratei com essas pessoas sobre assunto relacionado a campanha ou qualquer outro assunto. O inquérito me dará possibilidade de provar que as informações são mentirosas. Se eles deram dinheiro, sou a primeira pessoa que quer saber a quem eles deram o dinheiro”, afirmou.
Também citados na lista estão nomes do PSDB como Aécio neves, José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, mas Ferraço desconversou sobre o suposto envolvimento dos colegas de partido em ilicitudes.
“Não quero emitir qualquer tipo de julgamento além daquilo que estou concentrado. Não vou emitir valor de juízo. É minha dignidade que está sendo colocada em jogo. Eles [delatores] terão que, em juízo, provar o que dizem”, finalizou.
Confira a entrevista completa:
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